Encontros de Imagem - Locomotiva

O "Encontros de Imagem - Locomotiva" é promovido pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e visa criar um acervo de memórias do território, convidando artistas multidisciplinares para interagir com a história ferroviária e industrial de Oliveira de Azeméis. O evento acontece nos dias 23 e 24 de setembro, sendo o primeiro dia dedicado ao trabalho junto da comunidade escolar da região. No dia seguinte, terão lugar as atividades abertas à participação do público geral e artístico: uma conversa sobre a História Ferroviária, os Comboios e a Arte seguida de um passeio orientado por Oliveira de Azeméis, onde artistas inscritos e convidados poderão descobrir as características identitárias do território e produzir obra artística a partir delas.

Será ainda inaugurada a exposição "O Vouguinha e a Icónica Linha do Vale do Vouga", aberta ao público, até 09 de outubro.

PROGRAMA

●        23.SET

Laboratório Teórico-Prático com Maze, MC Dealema e Artista Visual - Comunidade Escolar OAZ | Escola Secundária Soares Basto

●        24.SET

11h00 - Conversa Locomotiva com Manuel Cabral, Presidente do Museu Nacional Ferroviário e Maze, MC Dealema e Artista Visual | Biblioteca Municipal Ferreira de Castro

Entrada Livre | Lotação Limitada

15h00 Raid Artistico “À Volta do Vale das Voltas”

[Ponto de Encontro] - Estação Ferroviária de Oliveira de Azeméis

Percurso Raid: disponível em breve.

Inscrição Obrigatória | Lotação Limitada

18h00 Inauguração da Exposição “O Vouguinha e a Icónica Linha do Vale do Vouga”

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CALL PARA CRIAÇÃO ARTÍSTICA:

Convidam-se artistas multidisciplinares, com foco nas áreas da fotografia, literatura, multimédia, ilustração e urban sketching, a participar no projeto LOCOMOTIVA, organizado pelo Bairro dos Livros e promovido pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, para trabalharem artisticamente a história e memória da Linha do Vale do Vouga. No dia 24 de setembro, os inscritos terão a oportunidade de participar numa conversa sobre a História Ferroviária, os Comboios e a Arte na Biblioteca Municipal, seguida de um passeio orientado por Oliveira de Azeméis com vista a descobrir este património. O evento de participação gratuita contará com artistas convidados de renome que igualmente se debruçarão sobre a identidade do território, contribuindo para a exploração artística das temáticas que marcam esta região, como sejam o setor industrial e a linha ferroviária.

Os interessados em participar deverão inscrever-se via formulário já disponível nesta página, garantindo assim uma das vagas limitadas. A submissão do formulário pressupõe a aceitação dos termos dispostos nas Condições de Inscrição.

Para mais informações, é favor contactar o geral@bairrodoslivros.com

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“No percurso desde Espinho a Oliveira de Azeméis, as manifestações de regosijo foram imponentes e as acclamações ao régio visitante foram delirantes. Poucas vezes se vêem festas tão luzidas e de um enthusiasmo tão communicativo, como aquellas que hontem se presencearam no decorrer da viagem pela linha, que, como já dissémos, tem pontos de vista verdadeiramente surprehendentes.”

Commercio do Porto, a propósito da inauguração do caminho de ferro do Vale do Vouga, a 23 de novembro de 1908, na qual esteve presente o rei D. Manuel II.

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A história da ferrovia em Portugal é também a história das pessoas que à volta desta, e seguindo os caminhos que esta traçou, viveram e construíram as suas vidas. A inauguração da Linha do Vouga, noticiaram os periódicos da época, reuniu um número extraordinário de curiosos: “A concorrencia pelas ruas era colossal, havendo quem a calcule em mais de 15:000 pessoas. Nunca Oliveira de Azemeis reuniu tão crescida multidão.” A influência deste caminho de ferro viria a ficar inscrita na memória coletiva dos habitantes desta região, uma profundamente marcada pela atividade industrial — memória esta que carece ser recuperada, preservada e expandida.

Os caminhos de ferro sempre percorreram a imaginação dos artistas, sendo um símbolo de progresso, tradição e nostalgia. A Linha do Vale das Voltas não é exceção, tendo inspirado Ferreira de Castro a descrever “[...] as gaiolas do Vale do Vouga — brinquedo ferroviário, simpático, modesto, de trinado infantil na vizinhança das estações”.